quinta-feira, 24 de abril de 2014

A obesidade em números alarmantes

Estudos apontam que, atualmente, em torno de 14,3% das crianças (6-9 anos) e 21,7% dos adolescentes (10-19 anos) brasileiros são considerados obesos. Os números para excesso de peso, na mesma pesquisa, é de 33,5% para crianças e 40% para os adolescentes.

Os índices são semelhantes aos registrados em países como os Estados Unidos, onde aproximadamente 27,7% de crianças (6-10 anos) e 17% de jovens estão acima do peso ideal. A principal causa desse problema é o excesso do consumo de alimentos industrializados, ricos em açúcares e gorduras.

Tal preferência alimentar, somada à falta de prática de atividades físicas regulares e muitas horas em frente às telas de computadores, celulares, TV e videogames, contribui para o crescimento da população obesa cada vez mais cedo.

Dados do IBGE apontam que entre os anos de 2002 e 2003, 16,7% dos meninos entre 10 e 19 anos apresentavam excesso de peso. Entre as meninas o índice era de 15,1%. Já entre os anos de 2008 e 2009, os percentuais saltaram para 21,7% entre os meninos e 19,4% entre as meninas. No ano de 1970, o registro do IBGE de excesso de peso infantil era de apenas 3,7%.

"O ganho excessivo de peso na infância e adolescência contribui para o aparecimento cada vez mais precoce de doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto", afirma Cláudia Cozer, coordenadora do Núcleo Avançado de Obesidade e Transtornos Alimentares (Nota), do Hospital Sírio-Libanês (SP).

© Kurhan - Fotolia.com 
A médica destaca, ainda, a importância dos pais, professores e familiares na aquisição de hábitos alimentares saudáveis por parte das crianças e adolescentes. "Crianças pequenas não vão às compras, não são elas que têm o poder de decisão do que entra no carrinho de supermercado ou de qual será o cardápio de almoço e jantar. São os pais quem decidem como será a refeição dos pequenos. Não basta ter alimentos saudáveis para oferecer aos filhos, os pais têm que comer o mesmo que as crianças, eles têm de ser exemplos. Por isso, pai e mãe são decisivos nas escolhas alimentares dos filhos. Pais com maus hábitos alimentares tendem a criar filhos com maus hábitos alimentares", afirma especialista.

A médica faz um alerta aos pais sobre a importância de verificarem os índices nutricionais do que as crianças consomem nas escolas "salgadinhos industrializados, frituras, doces e refrigerantes contêm altos teores de açúcar, sal e conservantes. Eles devem ser substituídos por alimentos frescos, pouco processados, frutas e sucos naturais", diz ela.

Sedentarismo

A vida moderna, principalmente nos grandes centros urbanos, leva muitas famílias a não incentivar a criança à prática de atividade física. Jogos eletrônicos, videogames e computadores substituem atividades ao ar livre como andar de bicicleta e jogar bola. O recomendado pelos especialistas é que crianças e adolescentes pratiquem pelo menos uma hora de atividade física por dia ou diminua as horas gastas com aparelhos eletrônicos para 4h/dia.

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